Mensageiro dos Lagos

AUDIÊNCIA PÚBLICA DE UMA MINERADORA DIA 4/5 – A SOLUÇÃO VIÁRIA PARA O IMPACTO AMBIENTAL PROVOCADO PELOS CAMINHÕES EM QUANTIDADE EXCESSIVA.

Estação Campos Novos

 

Estamos vivendo um momento muito importante para a Região dos Lagos, tendo pela primeira vez uma audiência pública de mineração!

A exigência para o EIA–RIMA, deriva da complexidade e tamanho do empreendimento, e, no caso de mineração, é costume por aqui fazerem-se poligonais de 50 Ha, como estratégia para não fazer estudo de impacto, e ir acumulando várias destas poligonais. Desta forma licenciando cada uma independente da outra como se o somatório não interessasse. No final deveria realmente haver um estudo de impacto, pois a áreas são imensas, mas acaba não havendo pela estratégia de limitar aos cinquenta hectares de cada vez.

No caso, estão juntas, por força de exigências de Ministério Público, quinze poligonais que vão constituir uma área total de 596,74 Ha. Além delas já existem outros 474,21 Ha já em atividade.

De todos os impactos notados, percebe-se que a população local não dá a devida atenção ao fato ambiental, mas sim ao fato socioambiental que é a poluição causada pelos caminhões de areia que circulam pelo distrito de Tamoios, o impacto no trânsito pelo volume e peso dos caminhões de areia, os acidentes constantes na região além do risco da ponte sobre o Rio São João que tem limite de peso para passagem de veículos na ponte.

Em 2015 foi realizada denúncia ao Ministério Público Estadual sobre o risco ambiental e de tráfego pelo grande número de caminhões de grande porte, escorrendo areia sobre as pistas, e trazendo poeira às residências próximas não só desta mineradora, mas de todas as mineradoras da região.

O problema em tela é em Tamoios, onde a “Minerare” está instalada, mas existem pelo menos mais cinco mineradoras na região em um raio de apenas 30 quilômetros.

Foi feita a sugestão de implantação de linha de trens para carregamento do minério, que passe por várias mineradoras, e leve este mineral para suas áreas de comercialização. Se deixarmos para os caminhões somente a comercialização local, vamos ter este tráfego reduzido em 90% aproximadamente, já o maior mercado consumidor fica no Rio de Janeiro, Niterói, Itaboraí, e até Minas Gerais, conforme informação do estudo.

A área plana é favorável à colocação de uma linha férrea, até pelo menos Rio Bonito, onde poderia seguir para Niterói com a reativação da linha existente.

É consenso que, se juntássemos todas as mineradoras de areia, argila e pedra poder-se-ia ratear custos, e conseguir inclusive investidor no mercado nacional ou até estrangeiro que venha a instalar essa linha de trem de minério. Lembrando ainda que teremos no percurso a Agrisa (produtora de álcool combustível) e algumas pedreiras e saibreiras.

Temos ainda, em São Pedro da Aldeia, inúmeras distribuidoras que poderiam receber suas cargas por estas linhas férreas quando do retorno de Niterói para a Região dos Lagos. Com isto teremos solução não apenas para a presença dos caminhões de areia nas estradas, mas para o tráfego em geral, liberando nossas estradas para o tráfego de turismo.

Considerando-se inclusive que, graças à Lava Jato, o custo das obras brasileiras devem baixar notadamente e com isso esta hipótese deve ser levada à serio como alternativa viável em uma região onde em algumas cidades ainda em temos as Estações, os trilhos dos trens e podemos retomar à ideia férrea pela economia de transporte, combustível, melhoria do ambiente e do trafego tanto da RJ 106, quanto da BR 101.

E por fim o empresário que, em 2006, quando os ambientalistas reunidos no Consorcio Intermunicipal Lagos São João, sugeriram que fosse feito um aterro sanitário regional, percebeu a importância ambiental e econômica da proposta, e ele empenhou-se em implantar o único Aterro Sanitário da região ainda em 2008, a Dois Arcos – São Pedro da Aldeia, hoje modelo de operação e solução sanitária, que pode ser usado,  da mesma forma, para viabilizar esta ideia de se dar um passo à frente de todos e encarar uma mobilização regional para a reconstrução da linha férrea para a Região dos Lagos e explorara também suas riquezas regionais, até como apelo turístico.

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