Embarques serão feitos na cidade com o objetivo de marcar dois mil peixes para o estudo
Cabo Frio está inserida como uma das bases do Programa de Marcação de Atuns no Oceano Atlântico Tropical. A pesquisa é coordenada pela Fundação Apolônio Salles de Desenvolvimento Educacional (Fadurpe) e conta com a parceria da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa/RN), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Instituto de Pesca da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, da Universidade Veiga de Almeida e do Projeto Albatroz. No litoral fluminense, as ações serão geridas pelo coordenador do curso de Gestão Ambiental da Universidade Veiga de Almeida (UVA), professor Eduardo Pimenta, que também é coordenador de Meio Ambiente da Secretaria de Desenvolvimento da Cidade.
Cabo Frio foi inserido no programa devido às várias pesquisas realizadas pela UVA por meio do Gepesca – Grupo de Estudos da Pesca – que integra a força-tarefa de marcação dos peixes para o estudo de hábitos de migração. As marcas serão colocadas por pesquisadores numa embarcação de pesca, que opera com espinhel superficial. Serão cerca de seis embarques em Cabo Frio, com duração média de 10 dias, com o objetivo de marcar dois mil peixes.
“Essa parceria gera inúmeras oportunidades para os nossos alunos, pescadores e pesquisadores, sem contar que estamos colaborando com o Brasil, que é signatário de acordo internacional de sustentabilidade dos estoques de peixes oceânicos do Atlântico”, destaca Eduardo Pimenta, acrescentando que ao reconhecer nossa região como nicho ecológico das espécies de atuns e afins, decisões assertivas podem ser tomadas visando à manutenção dos estoques para as gerações futuras.
Recompensa
Pescadores profissionais e amadores são agentes importantes nesse projeto de pesquisa. Quem encontrar um peixe marcado deverá informar à Fadurpe. Os dados com a data e local da liberação do peixe ficam registrados em computadores e se o animal for recapturado, através do número de série da marca é possível localizar o registro e saber onde ele foi liberado. O pescador que encontrar a marca e reportar receberá uma recompensa e um brinde. O ideal é manter o peixe com vísceras, para que possa ser analisado. Em breve será disponibilizado um telefone específico para que essas informações sejam passadas.