A paraciclista Vanessa Pimentel, de Arraial do Cabo, participa do debate
O filme Meu Pé Esquerdo (1989), do diretor Jim Sheridam, foi escolhido para a segunda sessão do Cine Inclusivo, realizada na tarde desta terça-feira, 18 de outubro, na Universidade Veiga de Almeida (UVA), em Cabo Frio. Após a exibição do filme, a paraciclista Vanessa Pimentel, que pratica handbike, e a fisioterapeuta Juliana Bittencourt participam do debate, que será mediado pela professora de Psicologia Adriana Souza. Haverá interpretação na Língua Brasileira de Sinais, feita pela estudante de Psicologia Mariana Rosa. O evento, que acontece das 15h às 18h, é aberto à comunidade em geral e, nesta edição, enfoca o tema deficiência física.
A mostra de filmes faz parte do projeto “Inclusão de Pessoas com Necessidades Específicas” do campus, que está implantando um núcleo de acessibilidade. A professora Adriana Souza destaca que o projeto pretende promover a acessibilidade atitudinal na universidade, gerando uma diminuição (e se possível quebra) de preconceitos e discriminações em relação às pessoas com necessidades específicas. “O projeto prioriza o protagonismo das pessoas com deficiência, no qual não falaremos por elas, mas com elas”, enfatiza Adriana, acrescentando que o público pode participar livremente do debate, numa relação dialógica, sem hierarquia de conhecimento.
A edição de estreia, realizada em setembro, apresentou o filme A Família Bélier (2014), do diretor Eric Lartigau, que aborda a temática surdez, em comemoração ao Dia Nacional dos Surdos (26) e Dia Mundial dos Surdos (30). Em seguida, o arquiteto e surfista Carlos L’Astorina emocionou o público. Surdo, se comunicou com a plateia por meio da Língua Brasileira de Sinais, contando com o apoio de uma tradutora. O evento teve 100% de aceitação do público, segundo pesquisa de satisfação realizada pelos organizadores. E a proposta é que ocorra uma vez por mês, sempre nas tardes de terça-feira.
Acessibilidade
A Universidade tem investido em acessibilidade nos últimos anos, especialmente na estrutura física, com a instalação de rampas e piso tátil, por exemplo. A biblioteca possui diversos equipamentos que possibilitam a inclusão, desde os espaços adaptados aos cadeirantes, até equipamentos para pessoas com visão reduzida, cegos e surdos. Um exemplo é a impressora em Braile. A capacitação dos professores também faz parte da proposta. Oficinas de inclusão têm sido realizadas semestralmente.