BASEADO NO RELATORIO DA ONU /UNESCO/UN/WATER, denominado “Soluções Baseadas na Natureza para a Gestão da Água”, ( 2015) onde finalmente os levantamentos da ONU do qual participamos desde os preparativos para a Rio +20, e depois nos relatórios do Fórum econômico social, que transformou os Objetivos do Milênio em Objetivos do Desenvolvimento Sustentável , foi realizado dia 7de junho na sede do IBAMA em Brasília o seminário O Brasil que cuida de suas Águas.
Finalmente a ONU e os países a ela associados, vão começar a enxergar que a água e o saneamento, não são parte da agenda cinza (agenda de engenharia ou tecnologia) e passam então agora a fazer parte da agenda verde (meio ambiente).
Para nós ativistas ambientais da Região dos Lagos, isto não é novidade, pois na verdade desde que há 25 anos iniciamos nossa campanha lutamos por preservar as florestas e sua biodiversidade, primeiro cuidando de criar nossas unidades de conservação para poder preservar áreas de recarga, nascentes e margens de rios e lagoas.
A primeira consequência disto é que hoje temos em nossa bacia hidrográfica inúmeras unidades de conservação federais, estaduais, municipais e até reservas particulares do patrimônio natural e reservas biológicas, todas repito criadas para preservar a natureza e em conseqüências, manter o clima e a capacidade de recarga de água de chuva no sub solo.
Paralelo a isto, tornamos através do acompanhamento dos contratos de concessão às empresas particulares , a água acessível a todos os municípios, pedimos desculpas por não poder controlar aqueles que ainda tem seus serviços de água realizados pela empresa pública estadual pois esta não tem seus contratos acompanhados por agencia reguladora até agora…
Estes contratos não só aumentaram a oferta de água, como criaram todos o sistema de captação e tratamento de esgotos, em todos os oito municípios das concessões.
Cuidamos também dos resíduos sólidos, conseguindo a instalação de um aterro sanitário que funciona de forma sustentável, e inúmeras campanhas de coleta de resíduos recicláveis, desde pneus até óleo e Tetra Pack, tendo, inclusive, um plano de resíduos sólidos incluindo no plano de saneamento de cada município que foi financiado pelo Comitê de Bacia Hidrográfica Lagos São João.
Além destes temos também os planos de restauração da mata atlântica de todos os nossos municípios, onde estão incluídos todas as áreas florestadas e as áreas a restaurar, e temos ainda o programa de reflorestamento, das Concessionárias com apoio do CBHLS e do CILSJ, e denominado Revivendo Águas Claras.
Portanto hoje estamos em uma posição privilegiada, com planos e programas traçados, executados, e outros passíveis de serem ainda executados, onde cada um dos municípios pode procurar seu projeto para conseguir captar verbas para implantá-los.
As propostas então que estão vindo por ai, já fazem parte de nossa vida , as discussões que temos sobre monitoramento, qualidade de água, poder ou não construir um hotel ou resort , planejar o volume de visitantes a determinada área, todos eles tem estudos e projetos prontos para implantação.
Somos neste momento privilegiados dentro deste programa que fala de soluções para a gestão da água. Somos afinal a Região dos Lagos, uma região diferente, com soluções diferentes, e com conseqüências climáticas e hídricas diferentes, e esta diferença se revela quando percebemos, que nossos rios e nosso reservatório está conseguindo manter nosso abastecimento mesmo nas épocas de estiagem.
Sugiro a todos procurarem o relatório da ONU e os glossários dos objetivos de termos do objetivos de desenvolvimento sustentáveis, número seis, pelo menos, porque cuidam da água.
