Mensageiro dos Lagos

Obra de Rodrigo Pedrosa vai parar nos Tribunais

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Rodrigo Pedrosa, filho do ex-prefeito de Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia, Rodolfo Pedrosa, processa Fotografo Famoso por ter se apropriado de uma peça encomendada a ele para, após entrega da mesma, raspar sua assinatura, reproduzi-la em Resina e Cobre vender como autor por 34.000,00 reais cada uma em uma exposição.

 

Ele esculpiu a peça, sob encomenda, e reclama na Justiça sua autoria em ação de plágio, com inquérito policial, e põe o mercado de arte em polvorosa.

 

 

Rodrigo alega ter sido enganado por Castilho, que apagou a assinatura dele do original, em plastilina, e depois mandou  a peça intitulada “O Cão” para uma fundição em Belo Horizonte, onde a ela foi copiada em resina e pó de bronze.

 

A escultura “O Cão” foi destaque na Art Rio 2015 como marca da nova fase de trabalho com esculturas do mineiro João Castilho, famoso pela fotografia.

 

A peça fez parte da mostra “Porcelana e Vulcão”, na galeria Zipper, em São Paulo, onde Castilho reuniu obras inéditas que expandiam sua pesquisa conceitual no campo da fotografia e do vídeo.

 

 

Quatro cópias de “O Cão” foram vendidas por R$ 35 mil cada uma reforçando o sucesso do trabalho, e agora, menos de 20 dias da Art Rio 2016, a peça de Rodrigo foi parar na justiça

 

A escultura não foi feita por João Castilho, apresentado como o autor. Rodrigo Pedrosa esculpiu a peça sob encomenda e reclama na Justiça ter sido enganado. A ação impetrada na Justiça é por crime de plágio e se baseia na Lei 9.610, que regula os direitos autorais e prevê a proteção ao direito de paternidade da obra e não da ideia.

 

Castilho contesta a acusação, mas não nega que, de fato, quem fez o modelo original de “O Cão” foi mesmo Rodrigo Pedrosa. Diz que a obra é de sua autoria porque foi dele a ideia. Segundo alega, Castilho concebeu a peça desde o momento que encontrou o cachorro real, contratou um adestrador para ensinar o animal a morder a cauda, o que lhe permitiu fotografar a cena e, a partir das imagens, encomendar a escultura. Castilho afirma que contratou Pedrosa para, em suas palavras, “o serviço de parte do processo de construção da obra”, ou seja, para fazer a escultura propriamente dita.

 

Pedrosa, de seu lado, afirma que aceitou uma encomenda. Ele relata que acreditou que participaria do projeto de Castilho com uma obra de sua própria autoria. “Sou um artista, exponho obras no exterior, não teria por que fazer uma obra para outra pessoa assinar”, indigna-se Pedrosa. Ele esculpiu a peça e a vendeu por R$ 3 mil a Castilho. Ao visitar a Art Rio em 2015, diz ter levado um susto ao ver “O Cão” creditado a Castilho. Na ação, ele requer a titularidade da obra.

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