Lei de crimes ambientais, vamos falar sobre isso.
“Art. 2. Quem, de qualquer forma, concorre para a pratica dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua pratica, quando podia agir para evita-la.”
Ando meio irritada com a qualidade do desprezo ou ignorância, não sei ao certo que determinadas pessoas de todas as classes sociais, vem dando ao ambiente em que vivem.
Todos reclamam de lixo nas ruas, mas ele não vai para ali sozinho!
Todos reclamam que quando chove os rios enchem e entram nas suas casas, mas quem construiu junto aos rios e lagoas?
E quando construiu, sendo área de preservação permanente desde o Código das Águas em 1934 porque as autoridades não impediram?
Quem construiu nas encostas que hoje desabam sem proteção?
O crescimento de cidades vem sendo um crime único, de falta de planejamento e respeito às características de solo e suas proteções existentes na legislação.
No Brasil, acreditamos que fazendo leis resolvemos os problemas, não resolvemos, e agora, plenos de desastres ambientais provocados por chuvas torrenciais, proponho que façamos a leitura do CÓDIGO FLORESTAl, LEI DAS ÁGUAS, e LEI DOS CRIMES AMBIENTAIS. Se quisermos sofisticar mais, podemos reler o SNUC – SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO, e veremos que lá estão previstos, todas as áreas que devemos preservar para que tenhamos uma vida melhor.
Temos que entender que não é porque somos bonzinhos, e sim porque queremos sobreviver, e isso, sobrevivência, depende de entender a natureza, respeitar seus limites, e tratá-la com distância.
Até a mania de fazer turismo ecológico, está se tornando um problema, pois, são tantos e tão devastadores os visitantes, que a natureza vai acabar sendo destruída por estas hordas de admiradores sem critério.
Área de preservação da vida silvestre é para preservar, não é para visitar, nem para ficar incomodando os poucos moradores destas áreas. Eles estão tentando sobreviver ao maior predador da cadeia alimentar que é o homem, que tudo mata na busca incessante por sua sofisticada sobrevivência.
Pois vejam o que aconteceu ao Rio Doce: Sem peixes, anfíbios, ou pássaros suas águas paradas tornaram-se viveiros para mosquitos, inúmeros mosquitos, em toda a bacia do Doce, que começa em Minas Gerais, e acaba no Espírito Santo, iniciando uma superpopulação de mosquitos, que trazem consigo o vírus da febre amarela.
Os macacos, coitados, que haviam sobrevivido ao rompimento da barragem e estavam tentando de reorganizar foram os primeiros a sofrer a contaminação, em Minas começaram a aparecer os primeiros casos de febre amarela silvestre, em caçadores!!!!
O mesmo aconteceu por aqui, pois estas pessoas, para cometerem seus crimes ambientais precisavam entrar nas florestas.
Mas estas pessoas se locomovem rápido, de carros, entre as cidades mineiras, do interior do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, e acabaram trazendo para as cidades o vírus que antes estava vivendo apenas nas áreas de florestas.
E, tão perversos como só o ser humano pode ser, alguns despreparados começam a matar os macacos que, vitimas da febre amarela, passam a ser também vitimas do seu predador homo sapiens, que comete novo crime de matar os símios com a desculpa de que tem febre amarela quando na verdade eles são tão vitimas, tanto quanto nós, e estão apenas sofrendo a contaminação que provocamos por destruir seu habitat e sua cadeia alimentar.
“Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:”
