Amigos, tive a maior surpresa, em conhecer cidades brasileiras que tem aspecto europeu.
Mas até ai nada de mais, eu estava em Santa Catarina, participando do XX Encontro Nacional de Bacias Hidrográficas, e ao chegar logo me surpreendi, pois a sensação era que eu estava chegando a Portugal. mas precisamente ao Porto, onde o lado direito da estrada me lembrava Vila Nova de Gaia, com seus prédios novos, ou o caminho para o norte, mas o lado interno da ilha me lembrava a Ribeira, ou Açores, como me disseram. certamente eu estava em Portugal, não só pela geografia que lembrava a foz do Douro, mas pelo sotaque dos catarinenses.
Muito linda a cidade, muito limpa, onde não se observavam terrenos vazios, cheios de lixo como vemos por aqui, mas já se viam como no Rio de Janeiro muitas construções nas encostas. Vale a pena conhecer o bairro português Santo Antônio de Lisboa em Florianópolis.
Mas procurando o que sempre acreditei ser verdade fui para o interior para conhecer Blumenau e Pomerode. E, la chegando, surpresa! Os alemães falavam italiano! assim como os vizinhos da nossa mesa do restaurante típico, onde eles comiam e falavam em italiano!!, aliás o restaurante ao lado tinha rodízios de pizzas!!! Tudo isso em cenário alemão, onde não se viam louros, mas morenos e pele clara, como italianos, e então eu achei que estava na Lombardia, e não em Blumenau!!!
Mas finalmente consegui comer a minha tão esperada apfestrudell com creme chantilly, pois em Floripa não haviam sobremesas, e quando haviam eram rotina sem diferencial para concluir uma comida bem portuguesa.
Passamos por lojas e fabricas de louças, roupa de cama, todas com nome alemão, mas com design italiano!!! insistimos e fomos a Pomerode.Lá estão os Pomeranos. sim lá estão aqueles que que vindo da Pomerânia, mantiveram suas raízes, no aspecto da cidade, na língua, nos costumes.
Lá tomamos um café, com biscoitos alemães, cucas de farofa, e nosso colega de viagem provou a torta folhada de morangos com creme. Ficamos encantados, com as casinhas de madeira, deixadas ficar por trás ou ao lado das casas de alvenaria, para manter a lembrança dos primeiros colonos, foi realmente um café europeu, que me fez trazer para casa pães, bolos e biscoitos de lembrança da infância e da tia alemã que os fazia para nos mostrar, que os doces alemães eram melhores que os portugueses feitos pela minha avó!!
Ela não sabe que os alemães casaram com os portugueses e italianos, as crianças estão ficando com os cabelos castanhos, e a noite todos os alemães comem pizza!!!
Enfim, descobri o novo sincretismo brasileiro. Não é só o sincretismo religioso, mas o sincretismo cultural que também pode juntar povos dos Bálcãs, com os povos do ibéricos do atlântico e os Alpinos italianos, todos irmanados peço sentimento do que é o caldeirão brasileiro que a todos aproxima, e que transforma cidadãos europeus, em brasileiros autênticos.
Ah, a temperatura? Esta era bem europeia,13 graus centigrados e com muita chuva!!