Parece difícil de se acreditar, entretanto o Governo continua a nos surpreender. Eu chamo de surpresa porque acreditava, na minha santa ingenuidade, não ser possível essas criaturas irem mais longe ainda. Mas foram.
Depois da cruel Reforma da Previdência, quando achávamos que não faltaria mais nada, pelo menos por enquanto, veio o anúncio do abusivo aumento dos combustíveis. E então, como um tiro de misericórdia, a horda instaurada no poder quer arrochar ainda mais o que já está espremido: o salário mínimo! E não podemos esquecer o calvário percorrido pelos funcionários públicos estaduais do Rio de Janeiro.
Tirar R$ 10,00 de um povo sofrido, carente de toda necessidade básica para a sobrevivência humana, para resolver o problema do rombo nas contas públicas é muita humilhação. Isso para não falar que a sangria desatada do erário público está sendo drenada para os bolsos dos facínoras, enquanto estes nos sugam. E dos milionários salários desses parlamentares, não sai nada?
Por diversas vezes nos indignamos ao ponto de protestarmos veementemente nas ruas. Mas novo “golpe” é sempre desferido em seguida, na tentativa de acabar com as nossas forças. Estão querendo nos vencer pelo cansaço!
Entendo que pareço pedir demais a quem já sofreu o suficiente, mas peço, encarecidamente, que não desistam de lutar. Só quem pode mudar esta situação insustentável somos nós. Precisamos ser os agentes da nossa própria redenção!
Até onde vamos permitir que cheguem tais abusos? Qual será o limite da nossa tolerância? Estas perguntas carecem de respostas urgentes, porque estamos vivendo na beira de um abismo, contra o qual estamos acuados: ou enfrentamos os opressores ou nos precipitamos. E por enfrentamento entenda: comprometimento nas urnas e fiscalização da administração pública. E protestar sempre, mas com responsabilidade. Lembre-se: a determinação e a constância nos propósitos, sem violência, já derrubou governos anteriormente.
Não desaminem nem se dêem por vencidos. A sua força virá da vontade de promover mudanças. Façam a sua parte, com fé, honestidade e consciência, que o resto virá como consequência.