O jogo das estrelas deu o que falar nesse final de semana

 

O basquete de altíssimo nível está de volta a São Paulo. Depois de um ano e meio, o histórico Ginásio do Ibirapuera se reencontrou com sua vocação esportiva e sediou o Jogo das Estrelas do NBB. A festa foi coroada com a vitória do Time Mundo sobre o Time Brasil por 108 a 96 (58 a 51 no intervalo). O norte-americano Shamell, cestinha com 18 anos pontos, foi eleito o MVP pelo segundo ano consecutivo.

Antes da partida principal, Tyrone Curnell (Mogi das Cruzes/Helbor) venceu o Desafio de Habilidades, Jefferson (Gocil/Bauru Basket) foi o campeão do Desafio de 3 Pontos e Corderro Bennett (EC Pinheiros) levou a melhor no Torneio de Enterradas para delírio dos 11 mil apaixonados pelo esporte da bola laranja. No Jogo das Celebridades, o time comandado pelo apresentador Ivan Moré devolveu a derrota para a equipe do também jornalista Alex Escobar.

O último evento de basquete no Ibirapuera havia sido a final do Intercontinental quando o Real Madrid bateu o Bauru. Desde então, o palco do Pan-Americano (1963), dos Mundiais Femininos (1971, 1983 e 2006), Mundiais Interclubes (1973, 1979, 1981, 1984, além do de 2015) e tantos outros jogos memoráveis havia recebido até competição de videogame, menos basquete.

O show do intervalo só terminou de levar o público ainda mais ao delírio. Ao melhor estilo dos All Star Games dos esportes americanos, Jota Quest tocou alguns dos seus maiores sucessos em quase 20 minutos de apresentação. Só nesse momento, os atletas esqueceram da competição e se deixaram levar pelo pop da banda mineira, alguns até com as famílias em quadra.

 A partir do segundo tempo, a partida ficou ainda mais acirrada. O armador Georginho, um dos prospectos para a NBA, colocou a bola debaixo do braço e passou a verdadeiramente organizar a partida para a equipe local além de duas bolas de três certeiras. O Time Brasil cortou uma diferença que chegou a estar em dez pontos e assumiu a liderança pela segunda vez apenas no último quarto. Os estrangeiros então aumentaram a marcação e a diferença ficou perto de um ponto até os minutos finais.
  Foi aí que o já MVP de 2009 e 2016 Shamell entrou em ação com sua bolas decisivas e garantiu a vitória dos estrangeiros – a terceira, contra quatro dos brasileiros. O desempenho, claro, rendeu a maior pontuação da partida e mais um troféu individual.

Dado o inegável poderio econômico de São Paulo, e em meio à patética incapacidade de administrativa do Parque Olímpico do Rio de Janeiro, não é difícil imaginar uma segunda edição do Jogo das Estrelas na capital paulista.

-Andreza Barcia.