SEA e Inea celebram  convênio para elaboração do 3º Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Estado do Rio de Janeiro

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O secretário estadual do Ambiente, André Corrêa (foto acima), e o presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marcus Lima, celebraram, nesta segunda-feira (17/10), um convênio para a elaboração do 3º Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) ano 2015 e atualização dos inventários de 2005 e 2010.  O evento foi realizado no auditório do Inea, no Centro do Rio, e contou com as presenças  do professor titular da Coppe/UFRJ, Emilio Lèbre La Rovére,  do diretor executivo do Centro Brasil no Clima, Alfredo Sirkis; do diretor  da Fundação Coppetec, Fernando Peregrino, e do diretor de Regulação e Sustentabilidade do Porto do Açu Prumo Logística, Eduardo Xavier.

O convênio é  resultado de uma parceria entre a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA); o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o Centro Clima (COPPE) e a Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos (COPPETEC), ambos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e o Porto do Açu Prumo Logística.

Dentre as medidas previstas no convênio estão a atualização dos inventários das emissões de GEE do Estado do Rio de Janeiro dos anos de 2005 e 2010, de acordo com o aperfeiçoamento metodológico, e em consonância com a elaboração do inventário de 2015; a avaliação da evolução das emissões de GEE em seus estados a partir do ano-base (2005); e a capacitação dos recursos humanos das instituições do Governo do Estado envolvidas no acompanhamento da evolução das emissões. O prazo de execução do projeto é de nove meses.

A elaboração de inventários e cenários tem como finalidade o auxílio no processo de planejamento estadual, possibilitando uma racionalização das atividades que resultem em menores emissões de gases de efeito estufa. O desenvolvimento de um diagnóstico das emissões de GEE vai de encontro com o cumprimento das metas da Política Estadual sobre Mudança Global do Clima e Desenvolvimento Sustentável.

Em função da crescente relevância dos impactos das mudanças climáticas e a preocupação cada vez maior da sociedade em adotar medidas que venham a reduzir ou mitigar os impactos socioambientais e econômicos, vários segmentos, entre eles  os governos, se comprometeram a quantificar e a monitorar as emissões de GEE.

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Em sua apresentação, o professor Emilio La Rovére (foto acima) ressaltou que a atualização de um inventário de emissões de GEE é estratégica, pois permite ao poder público conhecer o perfil atual de suas emissões e definir medidas mitigadoras de adapção e diretrizes para as políticas públicas.

O secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, destacou que houve uma queda no desmatamento no Estado do Rio, conforme dados do inventário de 2005 e 2010 (SEA/Coppe), o que contribuiu para reduzir as emissões de GEE. Ele elencou algumas das ações em andamento no Estado que contribuirão para impulsionar o reflorestamento:

“Nós temos o Banco Público de Áreas de Restauração (Banpar) e o portal de restauração florestal, importantes ferramentas para avançar no cumprimento de compensações ambientais que exigem replantio. Com esses instrumentos, o empreendedor poderá realizar seus compromissos ambientais de forma clara e objetiva, e o proprietário ainda terá as áreas de sua propriedade restauradas. Além disso, estamos concluindo o mapeamento de áreas de abastecimento público que terá mapa georreferenciado,  e que serão priorizadas nas nossas ações de restauração florestal. Nós também estamos incentivando a prática da silvicultura (cultivo de florestas). A finalidade é estimular a atividade econômica, uma vez que os produtores poderão comercializar produtos da base florestal, o que contribuirá para a geração de novas oportunidades de emprego e renda para regiões estagnadas ou de baixo dinamismo econômico”, explicou André Corrêa.

O presidente do Inea, Marcus Lima, ressaltou a importância de parcerias entre o poder público, as universidades e a iniciativa privada para que se possa avançar neste tipo de trabalho:

“O corpo técnico da SEA edo Inea são capacitados para este tipo de trabalho. Temos cada vez mais indicadores que mostram a seriedade do nosso trabalho e isso tem efeito direto na qualidade de vida  da população”, destacou ele.

O diretor do Centro Brasil Clima, Alfredo Sirkis (foto abaixo) destacou que as consequências do aquecimento global são preocupantes e que, no cenário atual, será necessário um esforço muito maior para frear as emissões de GEE.

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“É fundamental que em todos os países e, no âmbito local, no caso o Rio de Janeiro, ocorram a redução das emissões e a implementação de políticas eficazes. Os setores de transporte e o industrial são os segmentos que mais impactam nas emissões de GEE. É importante  ressaltar que, recentemente, na COP21, realizada em 2015, o Brasil e 196 países assinaram o Acordo de Paris, tendo como objetivo estabilizar a temperatura do planeta abaixo de 2º C e visando esforços para militá-la em 1.5º C. Portanto, o grande desafio para o Brasil, que realizou o compromisso da ratificação, é a sua implementação”, explicou Sirkis.

A meta anunciada pelo Brasil é reduzir 37% das emissões de gases de efeito estufa até 2025 e  43% até 2030.

Assessoria de Comunicação SEA/Inea Fotos: Antonio Kämpffe.