E os Bobos da Corte Somos Nós

Tenho pena de quem ainda acredita em promessas de políticos. São como crianças, fiéis às suas crenças em personalidades fantásticas; não fossem os pais que materializam os presentes de Natal e os ovos de Páscoa, os pequeninos ficariam decepcionados. E alguns, filhos da miséria, ficam de verdade. Esses, amadurecem mais cedo. E é disso que precisamos: amadurecer politicamente.

Não podemos esperar mais nada. Temos que perder a boa fé nos homens públicos, infelizmente, porque esta nos conduz ao erro de votarmos na pessoa errada. E não cobramos, depois, tudo o que, no calor da campanha e na ânsia de nos explorar, eles prometem sem constrangimento de que tudo aquilo jamais será realizado.

Imaginamos que, quem pleiteia o poder seja por nobres causas, por vocação, por querer construir uma sociedade melhor, mais justa e igualitária. E depositamos toda a nossa mais fiel esperança, nas mãos do candidato de nossa escolha, esperando por dias melhores. Ledo engano. Em sua grande maioria, os objetivos dos que assumem cargos públicos são, invariavelmente, enriquecer o mais rápido possível e se manter eternamente no poder. Nada de idealismos e boas intenções. Isso porque falta-lhes dignidade e firmeza de bons propósitos.

Novamente venho aqui lembrar a todos que precisamos pensar na sociedade de uma maneira geral. O todo deve prevalecer às partes, pois é nele que estamos inseridos. Não pensamos que podemos ser vítimas de uma sociedade doente, mesmo que estejamos no topo da pirâmide social. Não é admissível mais que busquemos o individualismo. Pensamos que se privilegiarmos a nós e aos nossos levaremos vantagem. Estamos enganados. Nada de bom nasce da miséria, mesmo da miséria alheia.

Ao votarmos, quem quer que seja o eleito, este terá de ser cobrado nas suas promessas e deverá seguir à risca a Constituição Federal. A nós cabe fiscalizar as ações do poder público e fazê-lo cumprir leis, regras e normas de conduta ilibada. Não podemos fugir a nossa missão. Este é um compromisso que precisamos assumir conosco e com toda a sociedade.

Por isso, amigos, rogo-lhes por mais ações no sentido de beneficiar as comunidades onde vivem e mudanças de comportamento no sentido de se pensar mais na totalidade e menos na individualidade. Creio que, agindo dessa forma, conseguiremos modificar, aos poucos, o triste cenário que visualizamos atualmente, mas que está longe de admirarmos.