Há algumas semanas um ônibus no Rio de Janeiro foi atacado por um “bando” de menores, que entrou no veículo, causando toda sorte de perturbações aos passageiros.
Se iniciou com uma grande bagunça durante o trajeto, que virou um arrastão, culminando na depredação do transporte público, depois do motorista do mesmo sofrer uma crise nervosa e abandonar o coletivo.
Diante desse quadro desanimador eu lhes pergunto, senhoras e senhores: onde estão os responsáveis por essas crianças e adolescentes?
Será que parir filhos sem atentar para essa responsabilidade é uma prática que deve ser continuada?
Não ouvimos nem vemos o nosso governo falar e nem investir, de forma determinada, em políticas públicas voltadas para o planejamento familiar e para prevenir a gravidez na adolescência.
Um maior investimento nesses programas preventivos do governo seria o ideal, porém quando a gravidez não planejada for inevitável, o que resta fazer é se atribuir mais responsabilidades aos pais. Estes deveriam ser acionados num caso como o citado anteriormente e a família precisaria ser acompanhada por uma assitente social do Estado, que cuidaria de trabalhar com esse menor e também desenvolveria um plano de planejamento familiar, para se evitar o aumento indesejado dessa família.
Eu acredito, que um trabalho mais eficiente dos familiares e do Estado resultará na criação de cidadãos melhores para a nossa sociedade.
O investimento deve ser feito também em capacitação desses jovens, para que tenham uma formação, necessária para se sobressairem no mercado de trabalho.
E durante esse tempo em que estiverem realizando esses cursos extracurriculares, outra vantagem pode ser observada: terão o seus horários ocupados em uma atividade que é recomendável e adequada. Evitarão, portanto, a perigosa ociosidade, que poderia ser preenchida com ocupações indesejadas.
Essa preocupação com o preenchimento do tempo das crianças e jovens não é exagerada. Os pais devem preocupar-se, inclusive, com os tempos livres, sabendo quais brincadeiras e atividades os filhos desenvolvem e com quem se relacionam. Uma companhia ruim ou irresponsável pode conduzir a péssimas ações, pois, se alguns não se recordam, cabe lembrar aqui o triste episódio do rapaz que se enforcou, numa brincadeira, pelo computador, com alguns amigos.
E falando em acesso a WEB, todo cuidado é pouco ao permitir a navegação do seu filho pela rede. Menor não deve ter acesso ilimitado a Internet. Pois então, senhores pais, se vocês controlam os contatos de seus filhos fora da sua casa, não se iluda com a suposta aparência de inocência que um computador apresenta. Contatos virtuais podem passar a presenciais, num momento de descuido da família. E maus conselhos podem também vir de diversas fontes, através desse aparelho também.
Portanto, pais, fiquem atentos à vida dos seus filhos. Participem, inclusive, da vida escolar deles, acompanhando suas notas e relacionamentos.Pais presentes e atuantes no universo de seus filhos geram excelentes e felizes pessoas para a nossa sociedade.
Desejo muita luz e entendimento entre todos os pais e seus filhos, para que um mundo melhor, pacífico, fraternal e repleto de amor, nasça para todos.