“Des”governo

Meus amigos! Ultimamente me assaltam os mais profundos pensamentos acerca da nossa situação atual.

Creio que diante de todos esses lamentáveis acontecimentos políticos que vêm se desenrolando nos últimos anos, no Brasil, o que mais temos feito é refletir sobre o assunto e contabilizar o prejuízo que nos atinge como um todo e nos condena a uma qualidade de vida inferior ao que seria o ideal. E isso, mesmo com os pesados impostos que pagamos e que nos confeririam uma vida digna, com serviços públicos de qualidade.

Imagino que todos tenham consciência de que os melhores negócios realizados por empresas são aqueles que estão associados ao setor público, pois são os de maior vulto. E penso que todos têm conhecimento de que a maior parte desses negócios melhor seriam denominados “negociatas”, porque não acontecem se as empresas não estiverem dispostas a pagar propinas aos políticos envolvidos.

Ora, se aqueles que são eleitos para zelar pelo nosso bem-estar são os mesmos que estimulam a criminalidade, que esperança nos resta de que algum dia viveremos numa sociedade mais segura?

Gostaria que todos percebessem o mecanismo da safadeza que rege este país. O nosso sistema econômico é aquele que funciona como um carrasco tanto para a Pessoa Física quanto para a Pessoa Jurídica, cobrando uma das maiores taxas de juros bancários do mundo e os mais altos e variados impostos. É compreensível que as empresas passem por dificuldades para se desenvolverem e permanecerem competitivas no mercado. Então, essas companhias veem a possibilidade de realizarem bons negócios com o governo. Porém, no primeiro contato para firmarem um acordo para licitação, para fornecer mercadorias ou serviços para a administração pública, já se deixa claro que nada acontecerá sem que propinas sejam pagas aos “malfeitores” desse nosso “des”governo corrupto.

Não estou justificando o que leva muitos empresários a concordarem com esse tipo de acordo indevido. Mas muitos sucumbem à tentação no momento em que têm que escolher entre prosperar ou falir a sua empresa. É claro que tenho a consciência de que muitos desses negociantes têm também poucos escrúpulos morais. Entretanto, quem verdadeiramente estimula essa prática é esse grupo vergonhoso que, infelizmente, temos que chamar de governo.

O bom exemplo, que deveria vir de cima, se estabelece como uma doutrina da pilantragem, ensinando nossos jovens a levar vantagem sobre as pessoas de boa fé.

E qual seria a saída para isso? Pais e professores devem ensinar outro comportamento às crianças e jovens, onde o respeito às pessoas e à sociedade deve ser a regra.

Vamos estimular a honestidade e o altruísmo nos mais novos, para que cresçam cidadãos da melhor qualidade, formando, no futuro, a sociedade em que todos nós gostaríamos de viver.

Essa é a nossa missão!