O Caminho nem sempre Verde das Ervas Medicinais

Todos, com certeza, já devem ter ouvido falar dos benefícios que uma Medicina mais natural traz à saúde.

Seguramente alguns, senão todos vocês, já devem ter recebido de amigos e/ou familiares uma receitinha caseira para amenizar ou curar aquele mal que lhes afligia naquele momento, estou certa? Isso é um fato! Entretanto até as ervas medicinais requerem certos cuidados para a sua utilização, haja vista que são substâncias químicas como quaisquer outras.

Do mesmo modo que o princípio ativo das ervas pode amenizar ou curar algumas enfermidades, por outro lado, pode provocar efeitos colaterais, causando outros problemas no organismo de quem as usa. Por isso, antes de mais nada, é sempre recomendado se procurar aconselhamento médico antes de fazer uso, prolongado ou não, de qualquer substância.

Ao contrário de relatar o benefício das plantas medicinais, displicentemente usadas pela população, a minha intenção é, nesta matéria, trazer um alerta de que esses medicamentos, mesmo naturais, apresentam contraindicações em determinados casos, e cuidados quanto à dose administrada e ao tempo de uso.

Há também o problema, não observado por muitos, de que ao mesmo tempo que determinadas partes de uma planta podem ser benéficas para algum tipo de enfermidade, outras partes desse mesmo vegetal podem ser tóxicas ou até mortais. É o caso, por exemplo, do Abrunheiro-bravo do qual não se deve comer nem mastigar os caroços dos frutos, pois estes são altamente tóxicos, assim como a casca, que tem as mesmas propriedades, devendo, por isso, limitar-se, o uso, às folhas e aos frutos. Outro caso parecido é o da Acácia-bastarda, a qual deve-se limitar o uso às flores e às folhas, pois os restantes componentes desta planta são tóxicos.

Em outros casos, o problema está na dosagem da substância. A exemplo, podemos citar o Açafrão que se torna altamente tóxico quando ingerido em doses excessivas, com graves consequências a nível dos sistemas nervoso e renal. Essa substância deve também ser evitada por mulheres grávidas.

Já no que concerne a outras ervas, o que deve ser observado é o tempo de uso. O Alcaçuz é um bom exemplo desse caso. Devido ao componente esteróide de que é dotado, o seu consumo prolongado (questão de meses) pode causar problemas nas articulações, dor de cabeça e hipertensão. Não se recomenda, também, a utilização durante a gravidez e em casos de hipertensão.

Por todos esses motivos apresentados acima, sugiro a todos a máxima cautela no uso de qualquer substância como medicamento, seja natural ou não.

A automedicação não é aconselhável, em qualquer que seja o caso, mesmo que sejam remédios naturais. Procure sempre orientação médica.

Lembrem-se: muito se comenta por aí que nós somos o que ingerimos. Portanto, alimentem-se bem e mediquem-se com responsabilidade. No mais, cuidem também da saúde mental, que está intrinsecamente ligada à saúde física.

Desejo muita saúde aos seus corpos e muita luz e paz aos seus Espíritos!

Fonte: http://bemtratar.com/plantas-medicinais/contra-indicacoes-cuidados-com-plantas-medicinais